quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Musica em mim


Lembro-me de meu velho pai e minha querida mãe. Meu pai com seu surrado violão de guerra e minha mãe com seu forte contrauto. Juntos cantavam e encantavam as plateias das pequenas igrejas de onde moravámos, com canções antigas e profundas da harpa cristã. Eu era a fã número um dos dois, estava sempre lá assistindo de perto, adorava vê-los cantando, e pensava comigo, que quando crescesse queria ser igualzinha a eles.
Muitas coisas aconteceram desde essa época, mas ainda tenho o mesmo desejo, e ainda bem mais forte.


A música em mim é como um vulcão em erupção, e ao mesmo tempo silenciosa, sem alardes e sem estardalhaços, caminho no anonimato.


A música pra mim é a expressão exata da alma.

A música, seja ela sem palavras, ainda assim é o canto da liberdade, e que traz a tona aquilo que é mais forte do que eu.


A música me lembra que existe um ser maior e mais elevado em nosso universo.

A música é o silêncio da minha alma, e ela o sabe muito bem, ela é a minha voz, sem ela é como se me faltasse pés e mãos, ela me leva pra perto de Deus e me traz pra perto de mim, me colocando no eixo correto de funcionamento, se não canto, não existo, para mim ela é quietude, mais nada.

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